Cinema e CriaTVdade

Percepções, olhares apaixonados, risos, lágrimas, medo. Sensações apreciadas a cada filme, música, leitura independente de idioma, cultura ou gênero. Eis um convite aos apreciadores de arte: um bom bate - papo daqueles sem hora para terminar e que nos irradiam alegrias, motivações e conforto.

domingo, novembro 26, 2006

Um livro pra dançar



Um dos meus presentes de aniversário. Um jornalista que admiro muito pela sua capacidade de dar ânimo as mais pitorescas situações. Ele mesmo é um figura pública excêntrica pela simpatia com que apresenta o fantástico ao lado da não tão meiga Glória Maria. Estamos falando dele: Zeca Camargo, ou zequinha para os íntimos como Rita Lee.
Em seu novo livro, De a -ha a U2, os bastidores de entrevistas de músicos Pop, Zeca explora o universo plural que a música proporciona.
A cada nova entrevista, ele traz uma novidade ou peculiaridade do artista. São detalhes que nos ajudam a compor as influências das músicas que não saem das nossas cabeças. Enteder melhor aqueles que de uma hora pra outra se tornam as palavras de nossos sentimentos e nossos amigos nas baladas ou momentos de tristeza. Independente do estilo, as músicas sempre estão em nossos pensamentos.
O livro é muito divertido. Te deixa "perdido em música". Como sugere uma das faixas criados por Zeca para interar o leitor de seus amplos conhecimentos musicais, a partir das suas viagens pelo mundo.
O engraçado é a leitura rápida. Parece um bate - papo mesmo com um "amigo" contando as aventuras em séries vividas em viagens interessantes.
O único defeito do livro é não falar da maior banda pop da década de 90, as Spice Girls, mas isso é perdoável pois ele não teve a oportunidade de entrevistá-las. Contudo valia uma citação. Até Backstreetboys teve uma palinha.
Para os jornalistas de plantão, os momentos de déja vu vão dar bons motivos de risadas. Mesmo não tendo entrevistados pops assim, muitos entendem o que é esperar pela boa vontade de uma fonte, os momentos de estrelismos e os desafios de ser entrevistador.
Adicione este exemplar na sua coleção. Não vai se arrpender, além do texto maravilhoso de Zeca Camargo, as memórias dos tempos de ouvir e apreciar música são sempre divertidas.

* Foto do site www.submarino.com.br

Ficha Técnica:
De A-ha a U2 : Os bastidores das entrevistas do mundo da música
Ano: 2006
Editora Globo
Preço Médio : R$ 22,50

quarta-feira, novembro 15, 2006

Maquiagem no Cinema









A Maquiagem no cinema é ferramenta fundamental na caracterização dos personagens. Não só dos monstros e zumbis de filmes de terror.
Eu (esquerda) e Mariane, dupla na Oficina de Maquiagem e efeitos especiais para cinema ministrada pelo maquiador Rodrigo Aragão durante 3 meses, apresentamos nosso trabalho final: A velhinha espanhola, na faixa dos 50 anos.
Usamos a técnica de envelhecimento. Esta menina tem em sua idade real apenas 13 aninhos e nos ajudou muito como nossa maravilhosa modelo. Ela e suas duas amigas inseparáveis tornaram as quase 3 horas de maquiagem , momentos de muitas diversão e tranquilidade.
Para encerrar com chave de ouro, o curso oferecido pelo Centro Cultural Carmélia de Souza, em Vitória, decidiu criar uma mostra com personagens caracterizados. O Professor deu liberdade para cada um escolher a técnica que quiser para aplicar as mais variadas situações.
Durante três meses, aprendemos a fazer desde pequenos ferimentos, tiros, a pequenos objetos com massa moldável.
Assim, tivemos a oportunidade de entender um pouco melhor sobre este amplo universo da maquiagem e efeitos especiais tão presente no cinema, que muitas vezes por beirar a realidade passam despercebidos.

* Foto de Maxwell

quinta-feira, novembro 09, 2006

A Borboleta que guiou um Sonho

A medicina é sinônimo de entrega total. Fundamental a perseverança de querer continuar a lutar por aquilo que acredita e ainda por cima, ter que lidar com vidas e mortes. Doenças e alegrias. Tristezas, soluços, caras feias, classes sociais distintas. Afinal, doença não escolhe cor, dinheiro ou sexo.
Acima de tudo é imprescindível amar o outro, sem ao menos conhecê- lo profundamente. Pois muitas vezes, nesse momento de dor é o médico que tem, por maldição ou graça, o dom do consolo.
No Filme Pacht Adams se discute, justamente isso, a humanidade do médico. Além de ser humano, é responsável por cuidar de outras vidas. Muitas destas que não criou ou sequer conviveu, mas precisa aprender a respeitá -la e buscar soluções para curá -la.

O não tão jovem Pacth Adams quis assumir a verdadeira identidade do médico
Aquele que cuida do outro e tenta curá-lo. Só que para exercer esse destino, optou por uma performance diferente da usual. O chamado distanciamento profissional, a frieza, a indiferença, o ar de superioridade não estariam incluídos nos pré- requisitos deste médico idealizado por Adams.

No filme, mostra sua ideologia de combater o mal pelo riso. Tornar a dor menor por meio de atitudes mais humanas. Criar conforto para os pacientes e integrá-los num grupo como uma grande família. Para realizar suas idéias resolveu montar um consultório num lugar a esmo, mas que pudesse aplicar suas teorias. Contando com a ajuda de sua grande amada e um amigo fiel, manteve esse nicho de amor e consolo por algum tempo.
Contudo, era tudo ilegal. Afinal, eles ainda não eram formados em medicina. Não tinham diploma para exercer legalmente a ciência. Assim, foram cassados pela escola para extinguir esse novo modelo de medicina. Tudo em vão.

Quando tudo parecia perfeito e finalmente, Adams tinha encontrada a parceira ideal. Um dos pacientes a mata brutalmente, pois não queria morrer sozinho. Em meio a tristeza da perda e a loucura de se sentir culpado por ter influenciado ela a cativar as pessoas e a se entregar, tenta desistir de tudo.
Mas ela não permite isso. Afinal, além de encontrar nele seu grande amor. Ele possibilitou sua libertação da alma, presa por traumas de uma infância conturbada e um pai abusador.

Como sempre, a vivaz e brilhante atuação de Robin Willians nos conduzem a uma viagem de descoberta de como somos frágeis e que lidar com perdas e ganhos é um processo contínuo de amadurecimento.

* Foto do site Adorocinema

Serviço:

Patch Adams - O Amor é Contangioso (Patch Adams, Estados Unidos, 1998, 114 minutos). Direção de
Tom Shadyac. Com Robin Willians, Monica Potter.

Drama - Estudante de medicina decide aplicar carinho e simpatia como ferramenta de cura para seus pacientes.

domingo, novembro 05, 2006

06 Curtas

Speed Racer nas Telas

Os homens de mais ou menos 40 anos, vão voltar no tempo para as brincadeiras de super heróis e curtir a doidado as altas velocidades. Isto porque os Irmãos Wachowski adaptarão Speed Racer para o cinema . Após dirigir a trilogia Matrix e produzir V de Vingança, os irmãos Larry e Andy Wachowski estão envolvidos em um novo projeto. Trata-se da adaptação para o cinema do clássico anime "Speed Racer", criado por Tatsuo Yoshida, que traz as aventuras de um jovem piloto e seu carro de corrida Mach 5. A produção será de Joel Silver, com quem os Wachowski trabalharam em Matrix, com o lançamento estando previsto para 2008 (Variety , disponível no site: www.adorocinema.com.br)

Especial Penelope Cruz

O Canal Telecine Cult criou o especial Penélope Charmosa, com filmes de Penélope Cruz, todas as quintas do mês de novembro, a partir das 22 horas.

Sem aquela Voz

Shrek 3, a próxima aventura do Ogro, da princesa Fiona e o do Burro será na História do Rei Arthur. A pena será a ausência sentida do dublador brasileiro Bussunda, na voz de Shrek. Resta saber quem vai dar continuidade aos episódios.

O Sacrifício de Nicolas Cage

Bizarro. A luta do herói comum norte - americana continua, as Torres Gêmeas não foi suficiente.

Pipoca e guaraná é sempre um bom programa. Até mesmo quando o título não ajuda muita. Mas como bons espectadores sempre esperamos o gran finale que salvará todos o enredo. Quem sabe uma explosão, um delírio, algum sentimento que disperse a sensação de tempo perdido.
Wicker Man, novo longa de Nicolas Cage, teve a tradução de O Sacrifício(Estados Unidos, 2006, 103 minutos) e de fato não foi à toa. A trama busca mostrar o sacríficio de um policial correto, rígido e exemplo de bom cidadão americano, na tentativa de ajudar a recuperar a filha de uma ex- noiva que o abandonou há muitos anos e que coincidentemente retorna a sua vida, num momento de profundo abalo psicológico.
Além da história, é realmente sacrificante ver o longa. Repleto de clichês e sem emoção.
Apenas uma cena justifica o caráter de suspense. Nas demais, o óbvio cerca o enredo. É notório a falta de direção no filme, pois não existe uma preocupação com o drama e conflito. Criar uma atmosfera de dúvida. Tudo é dito. Não existe nenhuma surpresa.
A situação mais chata é que a argumentação machista da história, traz novamente a discussão de que mulheres no poder levariam o inferno ao mundo. Um outro caso recente foi o filme "Mulheres Perferitas", estrelado por Nicole Kidman, que deturpou a intencionalidade crítica do primeiro e título original da década de 70.
Depois da atuação brilhante de Cage em Um Homem de Família, em 2001, esperava - se um pouco mais.