O Sacrifício de Nicolas Cage
Bizarro. A luta do herói comum norte - americana continua, as Torres Gêmeas não foi suficiente.
Pipoca e guaraná é sempre um bom programa. Até mesmo quando o título não ajuda muita. Mas como bons espectadores sempre esperamos o gran finale que salvará todos o enredo. Quem sabe uma explosão, um delírio, algum sentimento que disperse a sensação de tempo perdido.
Wicker Man, novo longa de Nicolas Cage, teve a tradução de O Sacrifício(Estados Unidos, 2006, 103 minutos) e de fato não foi à toa. A trama busca mostrar o sacríficio de um policial correto, rígido e exemplo de bom cidadão americano, na tentativa de ajudar a recuperar a filha de uma ex- noiva que o abandonou há muitos anos e que coincidentemente retorna a sua vida, num momento de profundo abalo psicológico.
Além da história, é realmente sacrificante ver o longa. Repleto de clichês e sem emoção.
Apenas uma cena justifica o caráter de suspense. Nas demais, o óbvio cerca o enredo. É notório a falta de direção no filme, pois não existe uma preocupação com o drama e conflito. Criar uma atmosfera de dúvida. Tudo é dito. Não existe nenhuma surpresa.
A situação mais chata é que a argumentação machista da história, traz novamente a discussão de que mulheres no poder levariam o inferno ao mundo. Um outro caso recente foi o filme "Mulheres Perferitas", estrelado por Nicole Kidman, que deturpou a intencionalidade crítica do primeiro e título original da década de 70.
Depois da atuação brilhante de Cage em Um Homem de Família, em 2001, esperava - se um pouco mais.
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