Onde está o Zorro?

Assisti o filme na estréia, mas pensei muito antes de montar essa resenha. As críticas foram fortes, trataram o filme como "sessão da tarde de luxo". Bem, A lenda do Zorro foi uma produção paradoxal.
Primeiro, surpreendente porque existia uma expectativa de emoção e fortalecimento da figura do "zorro" no contexto do cinema, inclusive foi feita uma busca pela resgate do Zorro original que foi contradita pelo diretor. A mídia anunciava uma valorização do personagem e no longa, ele aparece apagado e símbolo de tudo que ele lutava contra: o imperialismo norte-americano. Desde quando um nacionalista como Zorro, mexicano e que prima pelo orgulho e liberdade do México iria desejar que a Califórnia fosse agregada como Estado dos Estados Unidos da América.

Um fator clichê do filme: francês fresco fazendo papel de Vilão e destruidor dos sonhos americanos, que obssessão pelo desprezo francês. Os destaques do filme são so mebros da família zorro: Elena, mostrando mais força; o pequeno Joaquim que é um dos poucos que insitga a valorização do zorro e Tornado; mais uma vez o cavalo dá um show de deboches das atrapalhadas de Alejandro.

O diálogo é mexicano, único fator Zorro original da história. As cenas têm muitos defeitos especiais, além de situações repetitivas. A fotografia é uma dúvida, em alguns momentos lembra a qualidade holywoodiana, mas na maioria parece filme amador.

Sessão da tarde de luxo, acho difícil esteriotipar. Acho que poderia ser considerado um episódio de novela colombiana pela sua qualidade de texto e de fotografia. Vale lembrar, olhar de mulher.